Esse mês de Novembro é marcado pelo feriado da Consciência Negra, mas demos lembrar que na nossa vida e em nosso trabalho, essa consciência deve ser diária.
O mercado negro está crescendo, mas não do jeito que você imagina. Vamos desconstruir a imagem de mercado negro como produtos ilícitos e vamos falar deles como a população predominante no empreendedorismo brasileiro: Os negros!
É um ponto conquistado e importantíssimo para essa parcela da sociedade, porém que ainda sim sofre preconceito para fechar parcerias, investidores ou empréstimos bancários.
Vamos falar então dos pontos positivos e pontos negativos que esses empreendedores vivem nos dias de hoje.
Geração de Emprego
Apesar da maior parte dos empreendedores brasileiros serem negros, infelizmente são poucos os que podem empregar ao menos um funcionário, pelo menos de forma legal.
Por terem menos acesso à patrocínios, investimentos, créditos bancários, etc, isso dificulta o investimento em seus negócios, fazendo com que eles tenham que ser seu próprio funcionário. Muito dos negócios ainda são pequenos, mesmo que os dados tenham vindo do Sebrae, alguns empreendedores ainda trabalham de forma ilegal.
Preconceito
Pode parecer clichê falar disso quando dizemos que a maioria dos empreendedores são declaradamente negros, mas infelizmente preconceito e cor de pele andam lado a lado.
O preconceito começa no mercado de trabalho, pois a maioria dos desempregados são pessoas de cor de pele mais escura, alguns por não ter qualificações necessárias, outros simplesmente pelo estereótipo, cabelo, pele muito escura, aparência, etc.
Inclusive esses são alguns dos motivos que fazem com que a população negra migre para o empreendedorismo, apostando no seu próprio negócio. Porém, apesar de grandes ideias e um nicho de mercado extenso, é difícil a colocação da marca no mercado.
Mesmo com muitos “contra”, o trabalhador não desiste, vai à luta e então conquista o mínimo de reconhecimento. Hoje em dia existe a “Feira Preta”. Uma instituição que atua como incubadora e aceleradora de negócios negros em diversos segmentos, arte, moda, cosméticos, gastronomia, audiovisual, comunicação, entre outros.
Mercado Preto
Apesar de uma parcela significativa de consumidores serem de pessoas negras, os mesmos dizem não ser representados pelas marcas, principalmente no mundo dos cosméticos, male má via-se shampoos e cremes para cabelos cacheados e crespos, mas poucas eram as marcas que investiam nesse mercado. Agora com a demanda em procura, diversos micro, pequenos e médios empreendedores tem investido no segmento, não apenas para cabelo, mas para pele, como cremes e maquiagem.
Estilo
O estilo afro é mais do que “as negonas do samba”. Claro que, são mulheres maravilhosas, e conhecidas no mundo todo pela sua ginga e sensualidade, mas vamos muito além disso.
Principalmente as mulheres, em grande parte, abandonaram as chapinhas e assumiram seus cachos, junto com os homens que muitas vezes tem optado pelo black power.
Foi desconstruído o padrão europeu e assumido o afro, o colorido, as argolas, madeiras, pedras e lenços na cabeça, um estilo único porém igualmente deslumbrante, inspirados no continente africano e seus antepassados.
Gastronomia
A comida está em todo lugar, e porque não falar dos pratos típicos africanos? Nem só de acarajé e feijoada vive a cultura gastronômica negra! Muitos pratos são inspirados no continente africado e para melhorar, alguns misturados com aquilo que a gente mais gosta no Brasil. Um tempero caprichado, uma cara bonita e melhor, de um gosto de dar água na boca.
Poderíamos citar aqui diversas marcas e produtos mas seria injusto citar apenas alguns entre tantos em potencial. Por isso convidamos você a dar uma olhadinha nos blogs e sites, não apenas da Feira Preta, mas também de outros negócios afros super interessantes e que tem inovado e crescido no mercado brasileiro, e que possamos de uma vez acabar com o preconceito para permitir que as grandes mentes brilhantes possam brilhar em preto, e ajudar cada vez mais o país a crescer e conhecer a cultura preta.