Sabe-se que é muito difícil a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, mas independentemente disso, muitas pessoas estão em busca do seu próprio negócio provando que não há barreiras mesmo com limitações.
Uma pesquisa feita pelo Sebrae apontou que cerca de 27% dos deficientes empreendem, existem dois pontos: por um lado, é uma saída para ser economicamente ativo sem ter que depender das cotas nas empresas ou lidar com a acessibilidade para chegar ate elas. Outro ponto é o simples fato da pessoa querer ter seu próprio negócio sem depender de ninguém.
Os empresários com deficiência tem a noção de que são tratados de forma diferente, se não com preconceito por sua debilidades, ou como diz o empresário Ricardo Shijamoti, dono de uma agência de turismo adaptado, com roteiros de viagem próprios para pessoas que necessitam de acessibilidade, “Somos tratados como heróis, e não só no mundo empresarial. O simples fato de estar na rua já admira algumas pessoas. E é apenas meu direito”.
A área industrial é a mais acessada entre as pessoas com deficiência que decidem empreender, com 32,9% de adesão entre os novos negócios.
Porém, ser empreendedor não é sinônimo de riqueza, muitos acabaram lucrando cerca de R$1.000,00 a R$2.000,00 por mês.
Assim como o caso de cinco amigos, com síndrome de Down, que abriram sua própria pizzaria, especializada para oferecer serviço em pequenos eventos.
Devido a experiencias ruins no mercado de trabalho e o amor em comum por pizza, com a ajuda da mãe de um dos meninos abriram a pizzaria e, após uma foto de um dos eventos viralizar, os pedidos cresceram e hoje a empresa tem capacidade para atender eventos com até 600 pessoas.
Esse caso prova que não há limites mesmo com suas deficiências. Esse é apenas um dos casos de sucesso de pessoas com necessidades especiais que deram certo pelo mundo, esse caso ocorreu na Argentina, mas no Brasil temos diversos profissionais qualificados e empresários com ótimas ideias postas em pratica.
Segundo uma pesquisa feita pelo IBGE em 2016, cerca de 24% da população brasileira sofre com algum tipo de deficiência, e mesmo assim ainda não nos adaptamos a realidade dessa parcela de pessoas. Mas ainda falta muito a se desenvolver para que essas pessoas tenham oportunidades mais justas, para empreender e se inserir no mercado de trabalho.